A água é um bem essencial e, como tal, deverá ser o estado a administrá-lo. Hoje o problema agudiza-se, uma vez que a água, como muitos recentemente experienciaram, é um bem cada vez mais escasso.

A exigência de estar garantidamente no domínio público é a primeira objeção que o Bloco de Esquerda tem com o  processo de concessão das Águas do Alto Minho. A concessão visa, em primeiro lugar, atribuir à gestão desse recurso um caráter privado. Dirão alguns que essa gestão, apesar de privada, continuará a ser feita por organismos públicos (Municípios e Águas de Portugal). Tal não corresponde inteiramente à verdade como se pode depreender pela proposta de Estatutos apresentada, permitindo, desde logo, a entrada de capitais privados para esta sociedade. Pior, nada nos garante que num futuro próximo, não estará em cima da mesa de um qualquer governo, a privatização total ou parcial da Empresa AdP como já aconteceu num passado recente.

Porque entendemos que um bem essencial como a água deve estar sob domínio e gestão públicas?

Sendo a água um bem essencial à vida, cabe à sociedade, no seu conjunto, gerir todo o seu ciclo e distribui-lo por forma a que este sirva todos os cidadãos independentemente da sua condição. Só a propriedade e gestão públicas garantem esse acesso em condições de equidade. Também por isso defendemos a existência de serviços mínimos e tarifas sociais, quer no domínio da água e do saneamento quer nos resíduos.

Só um recurso na esfera do estado terá o escrutínio popular e democrático impossível de exigir a qualquer empresa privada mesmo que esta seja propriedade do estado. Também por essa razão sempre nos batemos pela não proliferação de empresas públicas em detrimento de serviços públicos.

A segunda objeção prende-se, desde logo, com o modelo.

Sendo o “Princípio da Subsidiariedade” matéria de princípio fundamental inscrito na Constituição da República Portuguesa, compreende-se mal que, não estando em causa o acesso à água, mas apenas a sua distribuição de forma equilibrada equitativa e universal, não sejam as Câmaras Municipais, as entidades públicas mais próximas da base de governo, as entidades que melhores condições dispõem para a gestão da distribuição da água e saneamento “em baixa”. Ao contrário, as Juntas de Freguesia, onde ainda subsistem (erradamente) alguns sistemas, não dispõem de um corpo técnico nem dos meios financeiros capazes de assegurar a qualidade deste bem tão precioso.

O Bloco de Esquerda organiza, no próximo dia 7 de março, em Coimbra, o I Encontro Nacional da Regionalização. Inscreve-te aqui e faz o download do programa e textos de contributo aqui.

Esta iniciativa propõe-se abrir um amplo espaço de debate sobre a descentralização democrática de competências para as regiões, problematizando os desafios, sublinhando os seus méritos e a sua absoluta necessidade para uma mais justa e equilibrada gestão do território e dos recursos do país.

O grupo +60 do Bloco de Esquerda promove o seu 4º encontro nacional com um dia de debates sob o lema “Envelhecimento: Cuidados, Autonomia e Cidadania". As inscrições podem ser feitas aqui.

Este Encontro constitui uma oportunidade para debater algumas das questões que afetam a população mais idosa, como o combate à pobreza e ao isolamento social, a saúde e o acesso aos cuidados continuados integrados, a defesa da autonomia e da participação cidadã dos mais velhos/as, assim como propostas para os programas autárquicos de 2021.

A entrada é livre e as inscrições já estão abertas e podem ser feitas aqui.

No passado fim de semana, na Junta de Freguesia de Freixieiro de Soutelo, José Gusmão - deputado europeu pelo Bloco de Esquerda - esteve reunido com movimentos contra a exploração de lítio na Serra d' Arga, Movimento SOS Serra d' Arga e Corema - Associação de defesa do património, local candidato a área protegida. Apesar de esta exploração ser incompreensível pelo facto de o lítio nesta zona ser escasso, disperso e difícil de extrair, o Governo coloca esta vasta área a concessão de 30 anos para exploração predatória de privados - com o apoio de 7 mil milhões da União Europeia - o que colocará em causa várias áreas populacionais, muita agricultura de proximidade, a qualidade do ar e da água, bem como o habitat de mais de 500 espécies botânicas e 180 vertebrados selvagens já identificados. A posição do deputado é que esta espécie de "desígnio nacional" que o Governo agora promove em torno da exploração de lítio deve ter por base um forte debate com os cidadãos e com a comunidade científica que comprove (ou não) a sua viabilidade ambiental, económica e social. José Gusmão irá colocar uma questão à Comissão Europeia sobre a exploração de lítio nesta região, nomeadamente sobre a proximidade da área de concessão a zonas de interesse comunitário.

No passado fim de semana, na Junta de Freguesia de Freixieiro de Soutelo, José Gusmão - deputado europeu pelo Bloco de Esquerda - esteve reunido com movimentos contra a exploração de lítio na Serra d' Arga, Movimento SOS Serra d' Arga e Corema - Associação de defesa do património, local candidato a área protegida. Apesar de esta exploração ser incompreensível pelo facto de o lítio nesta zona ser escasso, disperso e difícil de extrair, o Governo coloca esta vasta área a concessão de 30 anos para exploração predatória de privados - com o apoio de 7 mil milhões da União Europeia - o que colocará em causa várias áreas populacionais, muita agricultura de proximidade, a qualidade do ar e da água, bem como o habitat de mais de 500 espécies botânicas e 180 vertebrados selvagens já identificados. A posição do deputado é que esta espécie de "desígnio nacional" que o Governo agora promove em torno da exploração de lítio deve ter por base um forte debate com os cidadãos e com a comunidade científica que comprove (ou não) a sua viabilidade ambiental, económica e social. José Gusmão irá colocar uma questão à Comissão Europeia sobre a exploração de lítio nesta região, nomeadamente sobre a proximidade da área de concessão a zonas de interesse comunitário.

O Bloco de Esquerda comemora XXI aniversário no próximo dia 29 de fevereiro, com o Eurodeputado José Gusmão. XXI anos a fazer a luta toda!

Sábado, 29 de fevereiro, 19h30
Inscreve-te: https://forms.gle/3hGxN3EVqHGDGAgHA

O Bloco de Esquerda comemora XXI aniversário no próximo dia 29 de fevereiro, com o Eurodeputado José Gusmão. XXI anos a fazer a luta toda!

Sábado, 29 de fevereiro, 19h30
Inscreve-te: https://forms.gle/3hGxN3EVqHGDGAgHA

Bloco vai questionar o governo sobre a precariedade de 25 técnicos de diagnóstico e radiologia no Alto Minho. “Ganham metade do salário dos seus colegas, respondem à hierarquia dos hospitais, mas a cada três anos a empresa muda”, escreveu José Soeiro.