Parlamento chumba abolição de portagens na A28
Estamos perante uma situação de injustiça concreta para o Alto Minho, duramente penalizado com a introdução de portagens, com impacto significativo para as relações económicas, comerciais e turísticas do Alto Minho com a Galiza, já que 51% das mercadorias transportadas com destino a Espanha entram através da Galiza e 65% das mercadorias transportadas por estrada no norte de Portugal são provenientes da Galiza", lia-se no texto apresentado pelos bloquistas.
No projeto de resolução, o BE alertava ainda para as "dificuldades acrescidas" causadas pelo pórtico de Neiva (Viana do Castelo), referindo que "a existência de descontos para veículos de mercadorias não é suficiente para assegurar a solvabilidade financeira das micro e pequenas empresas".
A existência de portagens na A28 isola ainda mais o Alto Minho, pois quem se dirija daí para o resto do país, passando pelo Porto, por exemplo, tem um custo acrescido, o que fomenta a desigualdade entre regiões do país, quando seria importante assegurar a coesão territorial", sustentavam os deputados do BE.
Além disso, no documento era ainda referido o "aumento da sinistralidade na Estrada Nacional (EN) 13, fruto da deslocalização do tráfego da A28 para esta via urbana".
No dia em que a iniciativa do BE foi discutida no plenário da Assembleia da República foi igualmente debatida uma petição, apresentada em 2017, da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), que reclamava a eliminação do pórtico de Neiva da Autoestrada 28 (A28).
O pórtico de Neiva da A28 está situado à entrada de uma zona industrial da capital do Alto Minho e que é considerado um "entrave" à atividade empresarial da região.