Bloco de Esquerda apresenta candidatos do concelho de Viana do Castelo às eleições autárquicas de 2025

Estas candidaturas representam um esforço coletivo de conjugar a experiência com a juventude, reunindo percursos diversos e um compromisso comum com a transformação política e social no concelho.

Em conferência de imprensa, o Bloco de Esquerda apresentou os candidatos do concelho de Viana do Castelo às eleições autárquicas de 2025.

O Bloco procurou, ao longo dos últimos meses, promover o diálogo e estabelecer entendimentos à esquerda com vista à construção de uma alternativa política alargada para o concelho. Apesar da iniciativa e da disponibilidade demonstradas, não foi possível concretizar acordos com outras forças políticas. Sendo assim, o Bloco apresenta-se sozinho a estas eleições, com o compromisso reforçado de defender os interesses da população de Viana do Castelo e de aprofundar a democracia local.

Estas candidaturas representam um esforço coletivo de conjugar a experiência com a juventude, reunindo percursos diversos e um compromisso comum com a transformação política e social no concelho.

Como já anunciado, o candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Viana do Castelo é Carlos da Torre. Carlos da Torre fez a sua formação de base no Curso de Ingresso no Ensino Superior Artístico da Cooperativa de Ensino Polivalente Artístico Árvore e frequentou o Curso Superior de Desenho da ESAP (na época, “Árvore” também). No plano autárquico, foi candidato pelo Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Caminha em 2001 e de 2010 a 2013 representou o Bloco em sessões da Assembleia Municipal de Caminha como Deputado Municipal.

A candidata à Assembleia Municipal é Ana Forte, 31 anos, residente em Mazarefes. Licenciada em Biologia Aplicada e Mestre em Análises Clínicas. Feminista, defensora dos direitos humanos e contra qualquer tipo de discriminação. Foi também candidata às legislativas de 2025, pelo Bloco de Esquerda.

O candidato à assembleia de freguesia da união de freguesias de Viana do Castelo é Jorge Teixeira, 60 anos, arquiteto. É docente na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo há mais de 20 anos. Foi dirigente estudantil, dirigente nacional e distrital do BE, candidato à Assembleia da República, à Câmara Municipal de Viana do Castelo e eleito na Assembleia Municipal por diversas vezes.

O candidato à assembleia de freguesia da Areosa, é Carlos Durães, de 22 anos. Fez o curso profissional de Turismo Ambiental e Rural. É atualmente proprietário de um estabelecimento comercial na Areosa.  Acredita que a política precisa de vozes jovens, ativas e conscientes — por isso, juntou-se ao Bloco. Defende a igualdade como valor essencial e luto por um futuro onde ninguém fique para trás. Um jovem com coragem, considera que os jovens, têm de lutar pelo futuro e pela sua terra.
 
A mandatária da candidatura é Conceição Liquito, professora e dirigente sindical.

Na apresentação dos candidatos autárquicos do Bloco de Esquerda, Carlos da Torre, candidato à Câmara Municipal, declarou que “a cultura que vá além do entretenimento mais obvio não tem merecido em Viana do Castelo a atenção devida” exemplificando que “a indisfarçável leveza com que se tratam os assuntos da cultura” está bem patente no facto de Viana ser este ano Capital da Cultura do Eixo Atlântico e a programação cultural ser praticamente a mesma dos anos anteriores, sem profundidade em relação ao tema, sem ousadia, sem nada que rentabilize sequer o gasto extra de um milhão de euros anunciado. E concluiu que fica a triste noção de que há quem pense que basta colar no mesmo de sempre a etiqueta de Capital da Cultura do Eixo Atlântico para fazermos algo especial.

O candidato do Bloco entende que Viana merece mais. “Viana precisa de mais! Viana precisa de um grande projeto integrador e potenciador do muito que já é feito contra ventos e marés por muitos criadores e associações em diferentes áreas da cultura. Precisa de maior profissionalismo no município. Precisa de competências políticas e profissionais para se posicionar no mapa da região, com ambições nacionais e internacionais.” 

Em relação ao futuro mercado municipal referiu que recuperar a atividade do mercado no seu devido lugar, com a sua função social e económica respeitadas também na memória da cidade, será consensual. Mas colocou diversas questões sobre o assunto.

"E se fizéssemos daquele espaço um centro dinâmico sobre os produtos da terra e do mar, sobre a identidade de Viana, sobre a relação com a natureza, sobre a nossa história nessa perspetiva dos alimentos, sobre a saúde e a alimentação, com lojas temáticas de degustação, e muitos outros temas afins, num conjunto coerente museológico, identitário, educativo, com condições para se tornar uma “catedral dos produtos da terra e do mar”, em que o mercado municipal seja o motivo original mas o todo lhe acrescente ambição e contemporaneidade."
 
"É uma ideia! Haverá outras, porventura melhores ainda! Para elas fazerem caminho nos processos de decisão é preciso que o modo de fazer política mude. Que as práticas valorizem e proporcionem a participação efetiva."
 

Mas o modo como decorreu todo esse processo de demolição do antigo prédio do Coutinho, a execução do primeiro projeto, o modo como foi abandonada a equipa inicial de projetistas e encomendado o novo projeto, sempre sem informação clara para entendermos exatamente o que estava em causa, não respeitou arquitetos de currículo notável profundamente ligados à cidade de Viana do Castelo que pediram publicamente explicações sobre isso e, que saibamos, nunca as receberam, e desrespeitaram-nos completamente a todos nós, munícipes do concelho de Viana do Castelo.